domingo, 10 de janeiro de 2010

Verdade Desportiva


Em relação à petição na Assembleia da República intitulada Verdade Desportiva - introdução de tecnologias que possam ajudar na decisão de um árbitro.


O verdadeiro problema, como sempre, não é debatido seriamente e encontra-se na natureza dos intervenientes no espectáculo (árbitros, jogadores e treinadores).


Penso que se está a cometer um erro ao colocar em primeiro plano o que a tecnologia pode vir a conquistar - VERDADE DESPORTIVA - e em segundo plano (ou em nenhum) a respectiva educação dos intervenientes.


Mas será que a liga não percebe que tem de incentivar primeiro o dito fairplay junto aos jogadores e dos próprios treinadores com a introdução de regras de conduta desportiva bem definidas? É que é possível haver competitividade sem estar correlacionada com a atitude vergonhosa generalizada dos intervenientes no espectáculo - os exemplos ficam a cargo do próprio leitor.


Ao optar-se em favor da implementação da tecnologia, sem haver primeiro educação da conduta desportiva, está-se a dar um passo maior que a própria perna ou simplesmente, a por a carroça à frente dos bois.


Fazendo uma análise profunda é possível fazer uma generalização para outros campos da sociedade, senão todos. Fantástico!
Por exemplo, considerando que as ajudas sociais criadas por um governo é uma forma de tecnologia, então o que se verifica é que essa tecnologia não resolve o verdadeiro problema de quem precisa - a sua utilização para beneficio individual e para o de todos. Portanto, o que falha é a prévia educação das pessoas. Para quê dar nozes a quem ainda não tem dentes? (e mais exemplos...)


Se pensarmos que a tecnologia vai salvar-nos, estamos bem enganados. A revolução tem de partir da cabeça.

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